FALECE CRIADOR DO HINO À NEGRITUDE PROFESSOR EDUARDO DE OLIVEIRA

Faleceu na manhã desta quinta-feira (12), vitimado por um enfisema pulmonar, o presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro–CNAB,  um dos seus mais longevos e ilustre militante do movimento negro brasileiro, o professor Eduardo Ferreira de Oliveira, popularizado nacionalmente como professor Eduardo de Oliveira.

O Deputado Vicentinho lamenta a perda do autor do Hino à Negritude. O Deputado apresentou o projeto 2445/07 que já foi aprovado na Câmara e aguarda deliberação pelo Senado. A proposta torna nacional o hino de autoria do Professor Eduardo.

Eduardo de Oliveira, nascido em 1926, foi um dos ícones da negritude brasileira, era escritor, poeta, conferencista e advogado, tendo exercido o mandato de Vereador à Câmara Municipal de São Paulo nos ano de 1963 pelo Partido Democrata Cristão-PDC. O professor Eduardo viajou para os Estados Unidos a convite do governo americano e foi idealizado por ele a homenagem ao ex-Presidente John Kennedy, através de um busto que ornamenta uma das praças da capital paulista. Sua passagem pela literatura nacional com várias obras escritas, tendo como destaque um verdadeiro legado sua obra QUEM É QUEM NA NEGRITUDE BRASILEIRA e a sua luta permanente em defesa dos interesses da comunidade negra brasileira, foi coroada com a aprovação do Hino à Negritude (cântico À Africanidade Brasileira), de sua autoria, recém oficializado em todo o território nacional, mas cuja execução é obrigatória em todas as solenidades relacionadas com as atividades da nossa etnia realizadas no Estado de São Paulo, de acordo com Lei sancionada pelo governo paulista. Eduardo de Oliveira foi membro ativo do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), órgão consultivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Um das últimas das suas últimas emoções durante sua trajetória de vida, foi a publicação na revista BRASIL ANGOLA Magazine (edição Dezembro/2011-Janeiro 2012) de um discurso que pronunciou na Edilidade paulistana em 1963 sobre a busca da independência do país africano que ele lamentava não ter conhecido, a pátria do Herói Nacional Agostinho Neto, com o título Em Defesa de Angola, inserido na sequência do texto Movimento Natimorto que escrevi sobre sua participação no então Movimento Afro-Brasileiro Pró Libertação de Angola-MABLA, de saudosa atividade política voltada para o apoio à luta dos irmãos angolanos.

Seu corpo estará sendo velado nesta sexta-feira na Câmara Municipal de São Paulo, a partir das 21 horas de hoje, Viaduto Jacareí-Centro e o sepultamento será realizado as 13 horas no Cemitério da Goiabeira.

Antonio Lucio – Diretor do BUREAU POLCOMUNE e Editor da revista BRASIL ANGOLA Magazine.

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