O processo da votação do projeto de lei que define a política de reajuste do salário mínimo trouxe ensinamentos. O primeiro deles foi a certeza de que o cumprimento de acordo é a garantia da respeitabilidade entre as partes que o firmaram. A segunda lição ensinou que um bom acordo é muito melhor do que um embate sem perspectivas positivas, pois este leva ao desgaste e deixa feridas abertas, contaminando futuras negociações. O terceiro ensinamento mostrou que dificilmente a demagogia e o proselitismo superarão a eficácia de uma política séria e compensativa para os entes envolvidos, tal qual é a política de reajuste do salário mínimo aprovada.
A convicção com que defendi o projeto enviado pela Presidenta Dilma, garantiu-me tranqüilidade e paz de espírito, pois tenho a certeza de que essa proposta é a melhor possível. Recebi diversos cumprimentos de apoio e agradecimentos, feitos pessoalmente, por mensagens e telefonemas. Muitos dos quais me trouxeram a certeza da correção dos meus atos, tais como o telefonema da Presidenta Dilma. Ela me parabenizou pela coerência, coragem, honra e defesa competente e firme da política de crescimento do salário mínimo.
Também muito me confortou o apoio dos companheiros Sérgio Nobre – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e José Feijóo – Vice Presidente Nacional da CUT, que antes da votação garantiram-me da coerência em manter acordos. Também os companheiros Wagner Freitas e Artur Henrique, respectivamente tesoureiro e presidente da CUT Nacional me telefonaram, cumprimentando-me pela vitória e reafirmando a confiança que sempre depositaram neste parlamentar. Companheiros de fábrica, de bairro, do partido e muitos parlamentares e ministros mantiveram contato para hipotecar apoio à nossa posição frente a este embate.
Por tudo isso sei que estamos no rumo certo. Essas lições e demonstrações de solidariedade me fazem cada vez mais convicto de que é possível avançar ainda mais em benefício do nosso povo. Temos adiante a luta pela jornada de 40 horas semanais, a correção da tabela do imposto de renda, o combate ao trabalho escravo, a regulamentação da terceirização, a aprovação das regras contra a demissão em massa (Convenção 158 da OIT), dentre muitas outras tarefas.
Meus sinceros agradecimentos a todos e a todas.
Brasília, 17 de janeiro de 2011.
DEPUTADO VICENTINHO