O Governo tomou mais uma medida para combater a sobrevalorização do câmbio e fortalecer a indústria nacional: ampliou de três para cinco anos o prazo mínimo para cobrança de alíquota de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras – IOF, incidente sobre empréstimos contratados de forma direta ou mediante a emissão de títulos no mercado internacional. O objetivo principal da medida é conter a entrada de dólares e, consequentemente, evitar a sobrevalorização do real. O Decreto nº 7.698/2012, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, amplia as restrições a entrada de capital financeiro estrangeiro destinado a aplicações de curto prazo no mercado interno. Com frequência, estes fluxos assumem a natureza de sob a forma de operações de carry-trade – estratégia de investimento especulativo na qual se toma emprestado em moedas de economias que praticam baixas taxas de juros (por exemplo: o dólar) para aplicá-los em moedas de economias que praticam taxas de juros mais altas (por exemplo: o real), com propósito de obter ganhos decorrentes do diferencial de juros. Estas operações são mais expressivas em ambientes nos quais predomina bons fundamentos macroeconômicos. A medida destinada a combater a sobrevalorização do real permite melhorar a competitividade da economia brasileira, em especial o fortalecimento da indústria nacional, compromisso explicitado pela presidenta Dilma na semana passada.